Lula avisou aos operadores eleitorais do PT que sua participação na campanha municipal será menor do que o partido gostaria. Não cogita gastar em 2012 a energia que despendeu em 2010 para ligar na tomada a vitoriosa candidatura presidencial de Dilma Rousseff.
Há três dias, em conversa com um petista que lhe é próximo, Lula soou peremptório: “Não vou repetir agora aquele ritmo alucinante de 2010. Primeiro porque não devo. Segundo porque a galega não deixa”. Galega é como Lula se refere na intimidade a Marisa Letícia, sua mulher.
Convalescendo do câncer na laringe, Lula submete-se no momento a sessões de fonoaudiologia. Decidiu que sua voz não frequentará grandes comícios. Dará preferência à gravação de mensagens de apoio a serem exibidas na propaganda eleitoral de tevê.
O planejamento eleitoral dão ao PT prioriza os municípios com mais de 150 mil eleitores. De um total de 118 cidades, a legenda decidiu apresentar candidatos próprios em pelo menos 86. Sonhava em contar com a presença física de Lula para potencializar pelo menos os candidatos que vão às urnas em 14 capitais.
Se levar ao pé da letra o que anda dizendo em privado, Lula só irá ensopar a camisa por Fernando Haddad, o candidato que impôs na cidade de São Paulo. Ainda assim, sem negligenciar os cuidados com o restabelecimento de sua saúde e sob vigilância severa da galega.
No último Datafolha, divulgado no início de março, Haddad segurava uma lanterninha de 3%, contra 30% do antagonista tucano José Serra. A maioria do eleitorado paulistano (59%) não sabe quem é Haddad. Uma minoria (10%) tem conhecimento de que se trata do candidato preferido de Lula.
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