O capo das sombras do PT, José Dirceu, resolveu fazer as vezes de
um Collor de Mello pretérito. No último sábado (9), durante participação no
“16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS)”, no Rio de
Janeiro, exortou os estudantes a saírem as ruas em defesa da sua inocência no
caso mensalão, cujo início de julgamento o STF marcou para 1° de agosto.
> Não me deixem só
“Todos sabem que este julgamento é uma batalha política. E essa
batalha deve ser travada nas ruas também porque senão a gente só vai ouvir uma
voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas. É a voz do monopólio da
mídia. Eu preciso do apoio de vocês”, bradou Dirceu à plateia, que ovacionava
cada parágrafo de ordem declamado. Só faltou Dirceu repetir a máxima collorida
de antanho: “Não me deixem só!”
> Eles não foram as ruas
Pois bem, a estudantada rogou-se a bater palmas e até agora não
foi as ruas clamar pela inocência do Zé Dirceu e nem queimar na fogueira santa
os jornais e revistas que o tal “PIG” imprime e o brasileiro insiste em comprar
para ler.
> Advogados dos réus desaprovam a atitude
de Dirceu
Por outra banda, os advogados dos outros 37 réus no processo não
gostaram dos arroubos furta-cor do Zé e acham que estas atitudes acabam
prejudicando a defesa de todos, pois a pressão política sobre o Supremo
Tribunal Federal, em casos penais, e principalmente depois da exposição do
lobby de Lula, coloca a Corte na defensiva.
É verdade. Imagine se a moda pegasse e julgamentos jurídicos
passassem a se pautar por passeatas e palavras de ordem: haveria muito político
preparando galera na hora das audiências. Inclusive eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário