quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aos berros, senador tucano diz que CPI é ‘uma ditadura’ e abandona reunião


Mário Couto (PA) disse, após o episódio, que não vai mais participar da comissão e reclamou de direcionamento dos trabalhos.


O senador tucano Mário Couto (PA) ficou bastante alterado nesta quarta-feira na reunião da CPI do Cachoeira – que investiga a relação do bicheiro com políticos – durante o depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou nas campanhas eleitorais do atual governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Aos berros, Couto disse que há “uma ditadura” na CPI e abandonou a reunião. Desde ontem, os tucanos vêm criticando os trabalhos da comissão e dizem que há direcionamento nos trabalhos para poupar o governador petista Agnelo Queiroz (Distrito Federal) e colocar Perillo na fogueira. Pouco antes, na mesma reunião, houve tumulto na CPI.
Se Vossa Excelência não me deixar mais falar, eu me retiro. Aqui é uma democracia, que tem que ser respeitada, não estamos numa ditadura. É preciso acabar com isso, isso é uma miscelânea, uma avacalhação, isso não é uma CPI”, gritou Couto para o vice-presidente da CPI, Paulo Teixeira (PT-SP). Teixeira chamou sua atenção pela forma como o senador se dirigiu ao jornalista.
Antes de se retirar, Couto questionou Bordoni por ter confessado crimes durante seu depoimento, como a sonegação de impostos, e se disse “incomodado” por ficar diante do jornalista.
Em entrevista após o episódio, o tucano afirmou que nunca mais participará de uma reunião da CPI, pois ela perdeu a credibilidade e lá “quem é menor perde, quem é maior ganha”. O senador afirmou que só estão sendo trazidas à comissão pessoas para depor contra Perillo e estão se esquecendo de Luiz Antonio Pagot, “um dos maiores ladrões dessa Terra” e do presidente da Delta, Fernando Cavendish, “o mentor de tudo isso”, em sua visão. “Ninguém pode dizer que essa é uma CPI séria, ela é uma CPI dirigida e perdeu totalmente a sua finalidade”, afirmou. iG São Paulo

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