domingo, 15 de janeiro de 2012
OAB-Pará terminou 2011 com débito de R$ 500 mil
Intervenção
Presidente provisório diz que houve queda na arrecadação de anuidades em 2011
No final de janeiro, o presidente provisório da Ordem dos Advogados do Brasil seção Pará (OAB-PA), Roberto Antonio Busato, completa três meses à frente da entidade. O paranaense, que já foi presidente nacional da Ordem, assumiu o cargo em 31 de outubro do ano passado, por conta da intervenção federal decretada pelo Conselho Federal da OAB na seccional do Pará. A intervenção foi determinada após denúncias de supostas irregularidades na venda de um terreno da OAB em Altamira, o que culminou no afastamento do então presidente da Ordem, Jarbas Vasconcelos, e de sua diretoria. Em entrevista concedida a O LIBERAL, Busato avaliou os primeiros meses à frente da seccional.
De acordo com o interventor, a OAB já começou a retomar a estabilidade que, segundo ele, foi abalada durante o período de crise que a Ordem viveu no segundo semestre do ano passado. "Encontrei a OAB em uma convulsão muito grande. Havia um clima muito ruim por conta da série de denúncias que vinham sendo feitas na imprensa, que culminaram com a intervenção. Além disso, encontrei a instituição com muitos problemas administrativos e financeiros", afirma Busato. Durante os primeiros meses do processo interventor - novembro e dezembro - o presidente provisório afirma que teve de "administrar a situação" de incerteza que pairava na OAB.
Segundo Roberto Busato, a situação financeira da Ordem precisa ser reequilibrada. Ele revelou que a OAB fechou o ano de 2011 com um débito de R$ 500 mil, valor que já foi coberto pelo Conselho Federal. "Não estou questionando a competência da gestão que estava à frente da Ordem. Atribuo esse desequilíbrio financeiro à própria situação de crise que estava instalada, que interrompeu o curso natural da administração e trouxe consequências financeiras", disse. Para Busato, a crise de imagem pela qual a OAB passou contribuiu, inclusive, para a perda de credibilidade da classe na instituição. "Houve, por exemplo, uma queda brutal na arrecadação da anuidade dos advogados. Muitos simplesmente deixaram de pagar durante o segundo semestre por conta dos problemas em que a OAB estava imersa".
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