domingo, 15 de janeiro de 2012

O que Aristóteles ensinou a Alexandre, o Grande.

Inicialmente, vejamos quem são os personagens principais que figuram neste artigo: ARISTÓTELES, o gênio mais vasto da Antigüidade, nascido na Macedônia, no norte da Grécia, e viveu de 384 a 322, antes de Cristo; ALEXANDRE, que a História veio a chamar de “O Grande,” ou “Magno”, viveu de 356 a 323, antes de Cristo, criou o maior império de que se tem notícia, não obstante seu curto período de vida (33 anos). Como se vê, ambos nasceram na Macedônia; Alexandre, na cidade de Pela. Nós podemos resumir os ensinamentos do Estagirita (como também é conhecido Aristóteles, que nasceu na cidade de Estagira) nos seguintes itens: 1º) – é preciso ter objetivos bem definidos em termos de prazo, quantidade, requisitos de qualidade; enfim, tudo aquilo que nos permita verificar se eles foram atingidos; 2º) – traduzir os objetivos em imagens mentais em termos de resultados; 3º) – colocar emoções no atingimento dos resultados, ou seja, emotizá-los; 4º) – jamais duvidar que obterá os resultados, pois dúvida vem de dois e se há dois caminhos, o cérebro não sabe qual seguir; 5º) – estar disposto a pagar o preço. Alexandre teve outros professores: em primeiro lugar, sua mãe, Olímpia, que criou as condições para que ele desenvolvesse sua autoconfiança desde cedo; em segundo lugar, seu pai, Filipe II, rei da Macedônia, que escolheu Aristóteles para preceptor (aquele que se incumbe da educação de um jovem acompanhando-o) de seu filho Alexandre; nas técnicas militares recebeu ensinamentos de Lisímaco. Alexandre sabia que não se administra senão gente; por isso, era exímio na arte de conduzir seu exército, com a idéia de que só podia atingir seus resultados com a colaboração de seus comandados. Ao estudarmos a estratégia e táticas de Alexandre, temos a oportunidade de verificar o que é a inteligência em ação. Alexandre foi um excelente administrador, especializado em recursos humanos, no sentido de despertar nos seus comandados a certeza da conquista dos resultados, criando as condições para que cada qual elevasse sua própria auto-estima. Na história das vitórias de Alexandre, e como ele chegava a elas, encontramos inúmeros exemplos de aplicação da Emotologia, pois eles demonstram como os seus comandados mobilizavam suas reservas cerebrais para atingir objetivos que até pareciam impossíveis. Vamos ilustrar o que vimos dizendo com apenas um episódio: em setembro de 325 a. C., ao atravessar um dos mais inóspitos desertos do planeta, na marcha para o sul da Gedrósia, seu exército ficou sem água. Os comandados tornaram-se tão leais que decidiram juntar o pouco de água que restava, espremendo as últimas gotas de seus cantis feitos de bexiga de cabra, para oferecer a seu rei a quantidade conseguida. Então, diante de seu exército, Alexandre derramou na areia a água que lhe fora oferecida num capacete de prata. Com esse gesto, transmitiu a mensagem: “O meu destino será o mesmo que o de vocês”. É incrível como o exército conseguiu sobreviver. Só há uma explicação: aquele que voluntariamente se priva de água pode viver duas vezes mais do que aquele que é forçado a ficar sem beber por vários dias. Comprovou-se, mais uma vez, que o ser humano normalmente usa pouco de suas reservas mentais. A Emotologia é a Ciência que trata da Mobilização de reservas cerebrais, normalmente não usadas como elemento de auto-realização.

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